Numa manhã, pequena e chata,
embrulho-me numa manta fina e quente.
Sonho com campos, para lá de uma mata,
nele vejo, o olhar triste de alguma gente.
Mal vestidos e ao relento, trabalham!
Fazem o que a vida lhes prometeu,
ganham o pão do dia a dia, não faltam.
pois só isso durante o dia aquela gente comeu!
O meu sonho se alterou, mudou de novo seu rumo,
vi voar uma gaivota, que de novo no meu sonho ela voou.
Voava, voava bem para cima e de novo caía a prumo,
bem perto do chão de novo mudava e ela voou, voou!
Este meu sonho me persegue, faz minha noite agitada!
Cansa demais meus pensamentos, tranquilos.
Agora, sem fazer nada, viajo numa noite sem caminhada,
num sono rebelde, agitado, vejo tudo até aves e esquilos.
Queria ter outro sonho, que me deixasse mais calma.
Queria que me fizesse dormir descansada,
mas como de costume, me persegue e me desalma,
numa manhã pequena e chata, embrulhada numa manta desalinhada!!!
* Maria Ribeiro (o poema)
foto retirada da internet do google.
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