quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Viajei

Viajei da terra do nunca,
parti em busca de algo.
viajei  numa espelunca,
encontrei carinho fidalgo!

Sempre soube que era nada,
sempre pensei e era mudo.
Viajei com uma esperança danada,
a coragem foi mais forte que tudo!

Carregava demais a saudade,
deixava para la a alegria.
Levava na mala a vaidade,
e puder ter certezas algum dia!

A viagem que eu fiz,
foi demais longa e estranha.
Olhava para tudo eu já feliz,
mas com a saudade que me amanhã!

Deixei para la o meu País,
o meu  lugar encantado.
deixei também  minha raiz,
trouxe comigo o coração bem apertado!

Na mala carregava o meu filhote,
na bolsa a responsabilidade,
No peito um abafo de coiote,
as lágrimas transmitiam  a verdade!

Viajei com esperança,
de um dia regressar.
Aceitei como em criança,
voltar um dia voltar!!!!

Maria C. Carmo (o poema)





Falar Com Palavrão

Sou de uma geração
que respeita demais as palavras,
Obrigado, sim, ou não,
chamar cabritas ou cabras,
não é dizer palavrão!
Palavras de respeito,
saindo em um bom tom.
De certeza pomos a mão no peito,
quando são ditas com o coração!
Olha agora é que tenho razão,
quando digo que não entendo.
palavras que saem da boca,
direitinhas para o chão!
Não é isso que eu pretendo,
quando falo grandes palavras,
só quero falar bonito,
dizendo um grande palavrão,
Geração a minha,
não sabe ser malcriado,
diz ao povo obrigadinha,
Foi o que aprendeu no passado!
Ho seu grande grande cabrão,
já dizia o meu avô,
falava bonito, ele era sábio,
dizia ele inocente,
um  pequeno, grande palavrão!
Dizia ele ser educado,
só falava palavras caras,
sua cabra, ou seu cabrão,
eram apenas grandes palavras,
que saiam da boca direitinhas para o  chão!
Foi educado assim,
quando ainda estava a crescer,
mas explicava ele para mim,
que era só para eu aprender,
que para falar bonito,
não precisa falar grandes palavras,
para dizer aquele palavrão,
Basta dizer obrigado, se faz favor,
sim, sim, ou, não não.
ja se fala bonito e se diz um grande PALAVRÃO!!!!

Maria C. Carmo (o poema)





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sábado, 29 de novembro de 2014

Pedir Perdão

Perdão a Deus todos pedimos,
amar, será que existimos?
Amar sem saber que desistimos,
ou amamos por favor!
Amar ou perdoar.
Perdoar, será por amor?
ou amar só para perdoar.
Quem sabe definir esse perdão,
quem sabe definir esse amor.
Perdão para sofrer, sim ou não?
Amar para ter por favor, um grande amor!

Maria C. Carmo (o poema)

domingo, 9 de novembro de 2014

A Cor Dos Meus Olhos No Teu Anel

O brilho que nos meus olhos viste,
foram dádivas da vida.
Foram estrelas o que sentiste,
saídas de mim que sou atrevida!
São cor de mel brilhante,
pequenas pedras preciosas.
São meus os que brilham como diamante,
agradecendo às estrelas carinhosas!
Estremecia encantada,
quando sentia calada o brilho.
Era demais ou quase nada,
quando falava com os olhos um trocadilho!
Vias serenos os meus olhos,
cor, que dizias que te encantavam.
pronunciavas palavras aos molhos,
era assim que tanto brilho eles mostravam!
Nos meus olhos o brilho existe,
é brilhante cor de mel.
foi uma dádiva da vida o que viste,
brilhar na pérola do teu anel!

Maria C. Carmo (o poema)






sábado, 8 de novembro de 2014

Recordaçao

Foram só pequenas palavras ditas,
meros momentos passados.
Quadras livres e escritas,
sentimentos nas memorias guardados!
Foram tão rápidos, são tão lembrados,
tão perto, tão longe de tudo,
Juntos estão frios e quebrados,
os pensamentos que confusa até sacudo!
Foram bons momentos,
aqueles que sozinha escrevia.
Lembrava aos maus pensamentos,
que mesmo sozinha eu não temia!
Quantas palavras foram escritas,
quantas promessas sem cumprir.
Frases feitas e bonitas,
sempre antes de ir dormir!
Foram tão poucos os minutos marcados,
foram tão bons, quando recordo.
Agora pensamentos arrasados,
saem a cada minuto quando acordo!
Foram só pequenas palavras ditas,
meros momentos passados,
Quadras livres e escritas,
os sentimentos nas memorias guardados!

Maria C. Carmo (o poema)










terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sinto

Sinto-me  perdida,
ouço no  silêncio os meus medos.
Sinto no meu peito, uma ferida,
quieta até transpiro meus segredos.

Como me inquieta estar assim,
meu coração, está triste.
Estou como uma flor sem canto e sem jardim,
ouvindo no silêncio, agora você não desiste!

Perdida com meus segredos,
sentindo no peito esta ferida.
Sofro, por não conhecer meus medos
E teimar em levar a minha vida!

é mais forte do que eu,
Sinto que agora não sou capaz.
Vou andar devagarinho e olhar o céu,
tentar de novo para ver se sou capaz!

Maria C. Carmo ( o poema)







Procurava No Teu Peito

Procurei junto ao teu peito,
os segredos do teu coração.
Fiquei feliz e sem jeito,
a tremer da cabeça até ao chão!

Como foi bom ouvir cada pancada,

nas baladas que tocavas.
Dizias mil palavras em quase nada,
num silêncio que demonstravas!

No teu sorriso via a tua paixão,

ouvia no silêncio cada melodia.
sorria desnorteada sem razão,
ao olhar teu peito e ver o que se via!

Maria C. Carmo (o poema)











Não Sou Exigente

Não sou exigente,
não crio ilusões.
Gosto da vida e da gente,
sábias palavras, sem grandes palavrões!

Sorrio de nada, ou apenas de pouco,

as vezes dou gargalhada,
rio de palavras vindas de louco,
criando ilusões, muitas ou nada!

Sou adulta menina,

de pequena me fiz mulher.
Sou alguém alegre que desatina,
para vencer, vencer!

A exigência não é perfeição,

é só um caminho a percorrer
Não nos trás a ilusão,
mas exige de nós, para vencer!


Maria C. Carmo ( o poema)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quando Deixar De Ser Rapaz

Virei-me para trás, 
vi as sombras do meu medo,
Só depois vi que sou capaz, 
sair tarde e chegar cedo!
Seguia no meu caminho, 
diria que era errado.
Com medo e bem sozinho,
vi delinquentes e um tarado.
Corri olhando de novo para trás,
as sombras já eram poucas.
Dizia eu, calma, isso não se faz,
sozinho não sou de fazer corridas loucas!
O meu medo era mais forte,
fazia-me olhar para trás.
Pensava, seguirei o caminho da sorte,
quando deixar de ser rapaz!





Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google




sábado, 20 de setembro de 2014

A revolta Dos Deuses!

De sol a nuvem escura,
a revolta dos deuses mostrou!
Sombra parda, cinzenta parece dura,
O grande Deus a chuva mandou!
Trovões, faiscas, raios que vimos,
numa escuridão assustadora.
vento que de fraco, passou a forte e que sentimos,
numa tarde quente abrasadora!
Os Deuses não permitiram,
que tudo se perdesse na escuridão.
Curto o tempo que todos sentiram
e nos marcou com esta visão!
São os poderes,
São fenómenos,
São visões,
São só os Deuses!





Maria C. Carmo (o poema)
Maria C. Carmo ( a foto)

Cisne Mudo

Sem som se pronuncia,
mostrando como é capaz
.Este cisne de pena macia,
mostrando beleza como ele o faz!
No lago, nada docemente,
é apenas uma ave elegante,
partilha sua habilidade com a gente,
que observa, um cisne mudo falante!
Comunica com movimentos serenos,
mostra que mesmo mudo também fala.
Em cada gesto seu, saem sorrisos pequenos
numa pequena aberta melodia que nos cala!



Maria C. Carmo (o poema)
Maria C. Carmo (a foto)

domingo, 7 de setembro de 2014

Palavras que nunca direi!

Perdi-me, 
nas palavras que esqueci,
desisti porque ao sentir-me,
apaixonada por ti,
não sinto as palavras que nunca direi!
Amor palavra que repito,
loucura palavra que eu guardei,
respeito, palavra usada em silêncio,
Felicidade, a palavra que vejo escrito!
Palavras que nunca direi!
Aquelas que guardarei em silêncio,
escreverei todas em meu rosto
quando as lágrimas transportar,
cada uma num barco sem velas!
Quando todas elas me fizerem desistir,
escreverei no ar transparente,
escreverei uma melodia
onde o som mostrara como fiquei carente,
com palavras que nunca direi um dia!























* Maria C.Carmo (o poema )
foto de Maria C. Carmo


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Por ti

Atravessava o oceano,
nadava até ficar sem ar.
Por ti a quem eu chamo,
amor, razão única para atravessar!
Sempre entendi cada rajada,
cada faisca que brilhava.
Cada tempestade passada,
num oceano que eu por ti atravessava!
Por ti, só eu, por ti nadava, nadava,
conhecia marés fortes.
ouviria a sereia que te encantava,
agradecia aos ventos as pequenas sortes.
Levava comigo este amor,
esta coisa que me da vida!
Atravessava o oceano conhecedor,
que um dia me deu abrigo quando perdida!
Por ti nadava, nadava, só para saber quem tu és
conhecia novos oceanos, há procura 
atravessava grandes marés,
para te dar este amor que jamais têm cura!
Por ti sofro nadando,
Por ti nadava, nadava!
Por ti digo ao oceano que estou amando,
Por ti nadava, nadava!




















* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Bloqueei Pensamentos

Em instantes bloqueei pensamentos,
foi naquela praça, onde distante esperava.
Olhava perdida por uns momentos,
esperava, esperava e nada, nada!
Quanto tempo durou aquela espera,
meu corpo gelou de cansaço.
A esperança também se esmera,
um dia quem sabe recebo do tempo, um  abraço!
Olhares que eu via distantes,
procurar quem não aparecia.
Foram momentos, foram instantes,
esquecida  na praça eu já seria!
Sentada, eu esperava,
olhar triste ao meu redor,
Pensava, pensava, pensava,
quem eu esperava fosse um senhor!
Bloqueei  por momentos, por uns instantes,
abraços que nunca chegaram,
só por momentos, foram instantes,
aqueles pensamentos que me marcaram.






* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Só Com o Tempo

Pensei que com o tempo tudo passava,
durante algum tempo, acreditei.
Foste a vida que eu acreditava,
tanto que eu de mim, em ti desabafei!
Foram apenas palavras ditas,
sussurradas num pequeno abafo
Algumas apenas escritas.
para guardar um desabafo!
Marcava o tempo passado,
contava cada segundo.
O ponteiro no relógio estava apressado,
levava no tempo horas para o mundo!
Como pude ser enganada por ti,
como foi possível acreditar.
com o tempo eu sei, tudo passa, eu jà vi,
que com o tempo nada vem para ficar!
Com o tempo tudo passa,
ficam apenas as horas do tempo,
nossa alma nos trespassa,
por termos sido apenas, um passatempo!






*Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.





Mulher de Negro

Perto do mar contemplava,
sentia o aroma das águas,
ouvia o cantar da gaivota que voava,
desabafava as minhas mágoas! 
De repente olhei para bem distante,
contemplava o infinito,
Vi de passagem e só num instante,
uma mulher de negro  bonito.
Fui - me então aproximando,
partilhar junto a minha solidão.
Vi então triste e chorando,
um olhar negro a olhar para o chão.
Levantou a cabeça e me olhou,
fixamos o olhar,
seguiu em frente e nem falou,
partiu dali correndo sem  parar!
Era uma mulher de negro escuro,
distante era uma miragem.
Tinha um olhar negro e um pouco duro,
num rosto que  recordo aquela imagem!
Perto do mar continuo a contemplar,
olho muitas vezes distante,
Recordo muitas vezes aquele triste olhar,
numa mulher de negro que vi por um instante!
























* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirado do Google.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Saudades De Ti

És quem deixei de ver,
que dentro do meu peito,
deixaste saudades sem querer,
por falta de vontade ou por respeito!
Serás quem me sufoca ao respirar,
quem me fará um vazio no coração.
Farás do meu descanso um sonho sem descansar,
quem de longe me fará criar uma ilusão!
Adormeço pensando com saudades,
acordo com as saudades acordada.
Pensei sermos celebridades,
tão de perto éramos quase nada!
Partiste um dia sem me avisar,
foi-se a tua boca sem mexer os lábios .
Teu brilho achei intenso ao teu olhar,
saudades dos nossos segredos sábios!
És quem me deu alegria de viver,
quem  me deu amizade pura.
Foi para mim grande alegria te conhecer,
nossa amizade foi sincera e também dura!
Agora sei que estás distante,
sei  que sinto saudade,
foi apenas num instante,
que tudo se foi, pura maldade!
És quem deixei de ver,
que dentro do meu peito,
deixaste saudades sem querer,
por falta de vontade ou de respeito!







* Maria C. carmo ( o poema)
foto retirada do google.









domingo, 13 de julho de 2014

Encostada Lembro

Encostei para dormir um pouco,
lembrei memorias passadas.
Tive sonhos com um louco,
aventuras atrapalhadas.

Conquistei maravilhas,
desiludi  pobres paixões.
Dividi  tudo em partilhas,
chegaram belas ocasiões!

Dormi alguns segundos,
foram de olhos abertos.
Vi o que queria em alguns mundos,
momentos bons foram bem certos!

Encostada lembrava feliz,
que afinal sonhar é dormir!
Acordada também pensava no que fiz,
a dormir, a dormir! 





* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Na Calçada

A cada passo que dava,
cada pedra pisada da calçada 
mendigos que ali  lembrava,
sujos de cara lavada!

Tristeza via  em seus olhares,
fome em  seus lábios ressequidos.
Cidades de fantasias e bons colares,
 ruas de miséria sorrisos desaparecidos!

Calçada velha e já gasta,
negra, mal cheirosa, mal tratada!
cansada da vida e já sem pasta,
partilha da miséria envergonhada!

Que calçada era esta?
Que vida já deu aqui?
Aguentou alguma vez grande festa?
nada! Sofre desgaste dia a dia só por ti!

Nesta calçada que vejo,
que ainda sinto ao pisar.
Sei que ainda têm traquejo,
para aguentar sem  lamentar!

Calçada que és tu agora?
Caminhos de arrasar?
pessoas que num instante vão embora,
tu calçada, és a casa que alguém têm para morar!




* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.




















terça-feira, 8 de julho de 2014

Imaginário

Da minha janela vejo lições que imagino,
ouço melodias constantes.
Pinto imagens do imaginário fino,
aventuras desafiantes! 
Posso construir um castelo,
conhecer caminhos desconhecidos.
Pintar tudo de amarelo,
guardar sonhos perdidos!
Construí um castelo de aventuras,
conheci algumas historias,
percebi que existem lições bem duras,
delas saíram grandes vitorias!
Posso imaginar,
mas é certo viver, viver.
Tudo que vai no ar,
para mim volta para não perder!!!






* Maria C. Carmo
foto retirada do google.

Aroma Fresco!

Sinto no meu rosto quem me refresca,
cheiro o aroma que me perfuma!
Esta água límpida e fresca,
no meu corpo que se acostuma!
Esta frescura que sinto,
leva de mim todo o desgaste.
Dando-me forças  eu consinto
que me devolvas se mo tiraste.
Sem forças sinto o aroma,
no meu rosto já cansado.
saem dos olhos o meu sintoma,
em cada gota do choro serrado!
Perfume que este aroma deixa,
no meu corpo adormecido,
No cabelo faz madeixa,
quando o sinto envolvido!





* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.








domingo, 6 de julho de 2014

Caminhos Guardados Nas Lembranças

Queria ter conhecido muitos caminhos,
ter ido muito mais além!
Ter ganho troféus e pergaminhos
guardar nas memorias muito bem!
Ter entrado em mundos desconhecidos,
acordado de vez em quando as lembranças.
Esquecer alguns tempos perdidos,
que podiam ter sido felizes como as crianças!
Podia ter feito barbaridades,
feito asneiras constantes.
Ser amiga de celebridades,
ter sido tudo em instantes!
Caminhos que desconheço,
alguns que nem lembro mais.
Lembro bem os caminhos que conheço,
para não me perder jamais!






*Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.

Feita De Amores Perdidos

Sou feita de amores perdidos,
nasci apenas para vencer!
Aprendi a ler pensamentos desconhecidos,
para lutar e não sofrer.
Venci para viver,
luto apenas para ganhar.
Tive sonhos interrompidos, sem saber,
que me ensinaram na vida a lutar!
Fui criança mal amada,
adolescente vencedora!
Jovem mulher casada,
agora, mulher sonhadora!
Sou feita de amores perdidos,
conhecedora da vida.
Tive sonhos que para mim estão vencidos,
por ser mulher atrevida!




* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.




sábado, 5 de julho de 2014

Inicio de uma aventura

Dia 11/06/2014

Parti sem medo, cheia de determinação em fazer da minha viagem a minha maior aventura!
Deixei a cidade do Porto, cidade do coração, precisamente a cidade da Maia, cidade pequena mas onde deixei tudo para trás, filhos, netos, casa e restantes familiares. Com 49 anos de idade arrisquei a minha vida noutro pais ( França) e levando comigo junto com três malas de bagagem um filho menor que por ele quis começar uma nova vida! - Sei que a adaptação vai ser difícil, as saudades apertam, as lágrimas percorrem o meu rosto sempre que me lembro do meu pais!
Que governo foi este que todos nos elegemos numa esperança desastrosa, que nos levou a determinada altura pensar em seguir outra vida num outro pais, desconhecendo língua, costumes, climas e pessoas.
Viajei num autocarro pobre e cheio, trazia comigo a esperança, mostrava um sorriso para me enganar a mim propria, queria enganar-me que vim de livre vontade, pura mentira, sai triste e desolada! Parti é verdade na esperança de encontrar melhores condições de vida, parti para puder ajudar a crescer o meu filho que num pais como o nosso cada vez menos via o seu futuro florir, arrisquei sim num pais onde me parece ter outras condiçoes de vida tanto pessoal como profissional, que Deus me ajude!
Hoje e já com 5 dias de cá estar, sinto-me confusa,  fui conhecer o trajecto que tenho que fazer diariamente para o meu emprego, foi uma confusão total, apeteceu-me chorar! Resoluta que sou e me considero uma pessoa desenrascada, senti-me perdida, senti por momentos vontade de me ir embora na manhã seguinte, pensei com a cabeça fria, temerosa com a manhã que me vai aparecer pela frente mas com esperança de me desenrascar!

 Dia 05/07/2014

Ola,
verdade que estive vários dias sem desabafar o que senti após ter cá chegado!
Bem, afinal não correu assim tão mal,  o medo que senti fez com que não dormi-se toda a noite! Passava a ter visões do caminho que tinha feito na tarde anterior, sim bastava fechar os olhos e la estava todo o caminho à minha frente. Fiquei cansada, mas foi óptimo, assim no dia seguinte ainda com receio de me perder, levantei-me mais cedo 1h30m, tomei banho, preparei-me e la fui sozinha para a estação do comboio. Carreguei o passe, e la segui o meu destino, bem tudo correu bem ate chegar a primeira estação para mudar de comboio e seguir para outra estação, ultima do meu destino para o meu emprego!
Cheguei cedo de mais apenas demorei em todo o trajecto 22 m, maravilha pensei eu e agora que vou fazer? Ainda me falta uma hora, bem, vou tomar um café e onde? Olhei à minha volta e la estava um café que me pareceu a minha cara, entrei, pedi um café  em francês e fui para a esplanada!
Apareceu-me um funcionário que me trouxe um café, um copo de água e um chocolate pequenino, de seguida trás-me  o tiquet com a conta!  ehehheeh arregalei os olhos, meti os óculos para confirmar se estava a ver bem,  ao mesmo tempo pensei alto ( quanto?) ehehheheh era apenas 4, 40 € que tinha que pagar!
Diz o funcionário que felizmente era português, você é portuguesa? Aqui é assim, mas não se preocupe que daqui a uns tempos ganhara para tomar um todos os dias!!!! Credo, pensei eu que estava habituada a pagar 0,60 em Portugal , que é isto? Mas ao mesmo tempo tb me lembrei que estava em Paris, cidade da luz, cidade de turistas de todo o mundo! Bem la chegou a minha hora e la fui eu apresentar-me aos meu superiores, muito bem adorei o dia, os meu companheiro de serviço são todos fantásticos, e os meus superiores super impecáveis, mais me parecem amigos de vários anos, parece que ja nos conhecemos a imenso tempo, até eles me receberam e me deram apoio para não ficar triste nem ter medo! Apenas me disseram Maria, têm coragem e segue em frente aqui é bem melhor que Portugal e daqui a uns tempos mesmo com saudades dos teus familiares tu não vais querer ir embora!
Hoje penso assim, já tive os meus momentos,tive saudades da minha casa, da minha rotina, dos meus hobis, sou fotografa amadora e Ornitologa, e isso fez - me muita falta nos primeiros dias, mas felizmente, agora que já conheço muita coisa aqui em Paris, aproveitei também para visitar, levo a minha maquina comigo e clique em cima de clique, la vou matando saudades dos meus passarinhos e das minhas fotos!!!
Hoje sinto-me uma mulher feliz, estou claramente adaptada a este novo mundo!
Embora ainda fica estupefacta com a miséria que ainda vejo nesta cidade, a quantidade de sem abrigos que se vê em todas as estações, trabalho aqui não falta, sim temos que aproveitar todas as oportunidades que nos dão e trabalhar sem vergonha ou qualquer orgulho, aqui apenas temos que pensar em ganhar dinheiro, porque a vida económica aqui é bastante diferente da nossa em Portugal!
Felizmente tive trabalho desde os primeiros dias que cá cheguei e felizmente ainda me apareceu mais alguns para eu aproveitar nas minhas horas livres, hora, claro que aproveitei, tenho um filho com 17 anos feitos cá que não quero que lhe falte nada e por isso aproveitar todo o serviço que venha durante a semana não me custa, já estava habituada  a trabalhar muitas horas  assim até passa bem melhor o dia!
Confesso que também tive alguma ajuda do pai do meu filho,encontra - se  aqui em França já à dois anos e por isso  já têm alguns conhecimentos, pelo menos ajuda-me nas despesas com o miúdo e leva-me a alguns mercados quando eu preciso fazer compras semanais! Ajudou-me a falar com algumas pessoas, assim como por exemplo, banco, embaixada, consulado, e até mesmo hospital!
Felizmente quer dividir comigo as despesas com o miúdo e também da casa por causa da estabilidade e bem estar do miúdo.
Já  se passou um mês desde que cá cheguei ainda não recebi o meu primeiro ordenado, estou ansiosa, mas é normal tudo é diferente aqui até mesmo o valor do ordenado.


Mais uns dias e contarei mais novidades







quarta-feira, 2 de julho de 2014

Nas Nuvens

Subi bem alto,
espreitei sem medo.
A vontade foi muita de dar um salto,
Uiii, mas foi apenas o meu segredo!
Porque do alto, sim, eu sinto medo!


terça-feira, 1 de julho de 2014

O Que Eu Vejo

Vaguear no meio de um povo cansado,
homens perdidos.
Vozes sem tempo, 
sons de alguém atrapalhado,
rostos desconhecidos,
lágrimas que teimam lavar um rosto maltratado!
Vagueando sem conhecer razões,
olhando,  olhando mulheres que correm,
perdendo olhares nas incertas visões!
Que mundo este que me intriga,
cansaço, palavra que não existe!
Vozes de raças são cantiga,
pois a coragem é  palavra que não desiste!  
Rosto com lágrima perdida,
vagueando pela rua.
A tristeza que ela trás, 
cantiga na voz que seria a tua! 
Mundo desgastante,,
lugar de luta e incertezas!
Vidas que correm é uma constante,
na mais pura das profundezas!
Vaguei-o, vagueando, olho,
vejo triste, rostos perdidos.
Multidão é um molho,
de expressões  que sofrem jà  vencidos!!





* Maria C. Carmo ( o poema)
foto retirada do Google

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Tristeza Num Lugar Desconhecido

Um dia sem ter noção,
corria desesperada.
Ofegante estava o meu coração,
por estar perdida no meio do nada!
Chorava de desespero,
num mundo desconhecido!
Em cada canto era um aterro,
de um sonho quase perdido!
Desesperada num banco da vila,
suaves lágrimas correram.
No meu rosto triste fizeram fila,
num meu simples lenço se acolheram!
Olhava, olhava,
via alguém que sorria.
Meti conversa e perguntava,
que lugar era aquele que  não conhecia!
Diz que é um lugar agora desconhecido,
com calma vai conhecer.
Disse aquela alma ali aparecido,
com um simples gesto para  entender!
Sorriu, deu meia volta e caminhou,
em direção a uma saída.
Olhei curiosa aquele ser que me marcou,
num pensamento que me levava a Partida!
Triste, triste dia triste,
dia desesperado sem saida!
Alguém que normalmente não desiste,
sentiu em seu rosto uma suave lagrima caida!






*Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google!








terça-feira, 10 de junho de 2014

Saudade

Que dor que sufoca,
que aperto faz no peito!
Faz a  cabeça ficar oca,
este sentimento de respeito!
Saudade de quem deixei,
no meu lindo Portugal!







segunda-feira, 28 de abril de 2014

Uma Estrela!



Vi uma estrela brilhar,
olhei para o alto fascinada!
Queria ela estrela reclamar,
por la estar, sem puder dizer nada!

Apontei o dedo sem maldade,
dizendo que ali estava segura!
Saiu correndo, deixando a saudade,
que já há muito tempo dura!

Correu, correu ate deixou rasto,
brilhando na mesma direção!
Parou distante em frente a um pasto,
fazendo seu brilho parecer um lampião!

Mas que estrela estranha,
pensava quem a visse.
Sorria mostrando manha,
ajudava a quem a servisse!

Foi deveras uma estrela muito bela,
seu brilho deveras estranho!
La em cima parecia amarela,
e em seu rasto cor castanho!


Poema Maria C. Carmo

Foto retirado do google!

quinta-feira, 13 de março de 2014

lembranças

Hoje sou uma criança,
sou apenas uma menina!
Tenho demais na lembrança,
historias de pequenina.
Quando corria rua abaixo,
brincava sozinha ao pião.
Fazia da latinha um pequeno tacho,
de terrinha fazia o pão!
Alegria não faltava,
quando feliz eu corria!
Pegava na corda e saltava,
sem saber o que fazia!
Corria alegre descalça,
por entre as pedras da rua.
Com um vestido de alça,
já não parecia que estava nua!
Sorria com gosto e maldade,
não tinha intenção de magoar!
era menina de pouca idade,
inocente e pronta para brincar.
Pura alegria era a que eu vivia,
saltando, sorrindo, vivendo!
Era feliz eu não sabia,
sem saber o tempo ia perdendo!




Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google


domingo, 2 de março de 2014

O Dia Cinzento

Cinzento o dia nasceu,
o sol ficou escondido.
Cinzento, muito cinzento e perdido,
nem o sol apareceu.

Triste o dia nascer assim,
cinzento, muito cinzento e desanimado.
As flores nem acordam no jardim,
nem o dia fica lindo e perfumado!

O sol que da ânimo à vida,
desesperado tenta espreitar.
Mas desesperada uma nuvem jà vencida,
dà espaço ao sol para brilhar!





* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Pequenos Contos Em Puzzles

Ouvi no silêncio,
segredos de memoria!
Noites e noites sugerindo,
que das tristes palavras não faça historia!
Cada conto, que conto,
são historia passadas.
são puzzles que monto,
de palavras bem guardadas!
Agora que o tempo passa,
jamais me lembro do que tenho para contar!
Serão só memorias de desgraça,
que aos poucos recordo para guardar.
São apenas pequenas letras,
que aos poucos formam castelos!
São escritas com canetas pretas,
no papel ficam contos bem belos!!!

























*Maria C. Carmo ( o poema)
Foto retirada do google.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Índia Livre

Passei minhas mãos em seu cabelo,
negro , comprido  e macio!
E era ela mulher índia, que sempre teve belo,
para mostrar no seu rosto, o simples brio!

Ho mulher de cor morena,
mulher pequena e bem feita.
Rebelde, amiga e serena,
índia livre mais que perfeita!

Sonhadora como quem espera,
um mundo simples e puro.
Mulher que luta e se esmera,
para fugir dum mundo pobre e muito duro!

Cada fio de seu cabelo,
caindo livre e voando.
Dizem ser livre, puro e belo,
transmitindo o som da índia cantando!

Cada gesto que faz,
livre e disfarçado.
E a coragem que ela trás,
num mundo que diz ser livre e abençoado!

Como foi bom sentir aquele cabelo macio,
sentir que era livre e capaz.
Sorrir ao ver que nele a índia teve brio,
voando ao vento como ela o faz!

Livre, livre, sim como ela é,
voando nos montes sentindo o vento.
India morena correndo a pé,
mostrando, que ser livre, é uma força do pensamento!!!





*Maria C. Carmo (o poema)

foto retirada do google.









quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

São Só Visões


O nublado que vejo,
são fraquezas do meu olhar.
As visões que em mim sinto desejo,
estão fracas, fracas!
A neblina que está intensa
e, perturba a minha visão.
Fará de mim capaz de ser imensa,
para procurar na neblina solução!
Visões nubladas sem neblina,
fraqueza de desejo perturbada.
Desejo nas visões de menina,
que mesmo mulher fica envergonhada!
São fraquezas, são fraquezas!
São só visões!
São só desejos!
São vontades de ver entre a neblina,
a névoa que me cega!
Ver enevoado os desejos de pequenina,
que na neblina nunca chega!
São só desejos!
São só vontades!
São só visões!


São apenas fracas, fracas as que vejo!!!!
















* Maria C. Carmo (o poema)
foto

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Eternamente Vou Amar-te

Vi em teus olhos, amor!
Era de uma sinceridade sem limite.
Mostrava que não tinha pudor,
mas um brilho que só teu olhar transmite!
Guardo em mim essa recordação,
pois só ela me faz feliz.
Sei que debilito demais meu coração,
com o que julgo eu que quis!
Amor que em mim, se solta,
amor que em mim eu sinto.
nos teus olhos eu vi um segundo de revolta
da mim sinceridade sai porque não minto!
Teus olhos brilharam quando me viram,
sim e os meus mostraram o mesmo brilho.
Perderam logo quando não te viram,
percorrendo comigo o mesmo trilho.
sincero foi esse olhar,
quando apareceste e me vistes.
Eu, terna, meiga, pronta para te amar,
sou feliz, só, porque tu existes!



*Maria C. Carmo  (o poema)
foto retirada do google.

Queria Ver-te, Queria Ter-te

Parei, queria ver-te!
Era um lugar estranho,
aquele por onde eu passava.
Queria ter-te.
Fiz da lua uma vela que brilhava!
No luar, via-te ao longe,
desenhei teu rosto em cada sombra que pairava,
cada desenho que via, eras tu!
Queria tanto ver-te!
Quem desenha os teus passos,
ouvindo apenas os sentimentos!
Sim eras tu! Queria ver-te!
Nos meus pensamentos,
que sentia que lá estavas.
Queria ter-te!
Parava e só o silencio me fazia companhia,
escutava no meio do luar a tua sombra!
Eras tu quem eu via,
em cada traço do meu desenho que deslumbra!
Num lugar estranho onde parei,
vi teu rosto a cada passo que dava.
Sentia então que me apaixonei,
por um lugar com uma sombra que brilhava!
Eras apenas tu!
Que mesmo sendo só uma sombra,
parei, queria ver-te!
 Ter-te, ter-te!





*Maria C. Carmo (o poema)
foto retirada do google.