terça-feira, 15 de julho de 2014

Mulher de Negro

Perto do mar contemplava,
sentia o aroma das águas,
ouvia o cantar da gaivota que voava,
desabafava as minhas mágoas! 
De repente olhei para bem distante,
contemplava o infinito,
Vi de passagem e só num instante,
uma mulher de negro  bonito.
Fui - me então aproximando,
partilhar junto a minha solidão.
Vi então triste e chorando,
um olhar negro a olhar para o chão.
Levantou a cabeça e me olhou,
fixamos o olhar,
seguiu em frente e nem falou,
partiu dali correndo sem  parar!
Era uma mulher de negro escuro,
distante era uma miragem.
Tinha um olhar negro e um pouco duro,
num rosto que  recordo aquela imagem!
Perto do mar continuo a contemplar,
olho muitas vezes distante,
Recordo muitas vezes aquele triste olhar,
numa mulher de negro que vi por um instante!
























* Maria C. Carmo (o poema)
foto retirado do Google.

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