ficam marcas das minhas pegadas.
Recordo minha infância de catraia,
alegre, correndo sobre elas molhadas.
Cada pegada é uma história,
define a minha caminhada.
Em frente ao mar ganhei vitória,
fui de novo medalhada.
Sorri para o mar que estava calmo,
depois de molhar a areia.
Diz-me em segredo, desenha um palmo,
que eu ofereço-te uma sereia.
Confio no mar e suas promessas,
desabafo com eles alguns segredos.
Responde calmo e sem ter pressas,
faz um buraco na areia para tapar teus medos.
Das minhas pegadas fiz brincadeira,
que em catraia nem lembrava.
O mar lembrou que era a primeira,
que agora na areia também brincava.
Brinquei de seguida com ele,
corri descalça na areia.
O mar maroto molhou minha pele,
disse sorrindo, foi na brincadeira!!!
*Maria Ribeiro (o poema e a foto)
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