cobri-me com um suave, lençol de linho.
Sinto a aragem que me refresca
e me dá sopros de carinho!
Nesta noite que me acordou,
tão sossegada dormia.
No meu sono, foi alguém me chamou,
porque era mesmo o que eu queria.
Sabia ao certo que me podia chamar,
era cedo, eu já sabia.
Mas muito tarde para voltar amar,
ó! Eu sabia que não mais podia!
Acordei só com frio,
o lençol foi quem me chamou.
Gosto dele, até tenho brio,
pois sempre foi quem me amou!
Ó! como não o amava eu? Se eu podia!
Sentia, o linho suave em meu corpo frio,
nas noites mais frescas, que eu dormia.
Lençol, meu amor sinto arrepio!
Suave, o lençol já sabia!
* Maria Ribeiro (o poema)
foto retirada do google.
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